Moçambique, 20 Março 1953
Amor meu:
Quando receberes isto já devemos ter-nos encontrado e as saudades já devem ser menores.
Acordei num dia estranho, apetecia-me passar o dia colada às tuas costas como às vezes fazemos por graça enquanto passeamos juntos:
estar colada a elas faz-me carne continuada em ti
faz-me sentir pertence teu
bocado teu
carne tua
- se tu fosses um esquilo eu seria a esquila bonita do bosque por quem te deslumbrarias.
Imagino que roirías nozes a pensar em mim, abririas bolotas direcionando o teu pensamento para a minha boca peluda a mordê-las: nada teria mais sentido na minha vida de esquila do que ter-te nela.
Seria a esquila cheirosa que espera na árvore.
segunda-feira, março 20, 2006
quarta-feira, março 08, 2006
Girls power
Lembro-me que gostavas de Cure.
Lembro-me do tempo que levava a fazer malas para apanhar Alfas, lembro-me de achar que qualquer hotel na cidade desconhecida ia servir perfeitamente: lembro-me de contar minutos.
Lembro-me de uma noite de santos populares, lembro-me do emplastro, lembro-me de teres passado mal e de pensar que podias morrer ali: lembro-me de sempre ter havido uma Julieta trágica em mim.
I would say I’m sorry
If I thought that it would change your mind
But I know that this time I’ve said too much
Been too unkind I try to laugh about it
Cover it all up with lies
I try andLaugh about it
Hiding the tears in my eyes
’cause boys don’t cry
Lembro-me de ver Amelie Poulin e achar-me parecida com ela, lembro-me da tua pronúncia torta que me fazia rir, lembro-me de achar-te o máximo; de ir ás compras contigo para um jantar feito por nós - a fingir
numa casa que era nossa- a fingir
num amor que talvez tivesse funcionado- a fingir.
Lembro-me de numa noite perceber que não dava mais.
Lembro-me de comer chocolate e chorar, lembro-me de achar que foder era a única solução.
Lembro-me daquilo que se sente na ponta dos dedos quando alguma coisa nos diz ao ouvido que não dá mais.
Lembro-me de saber que ias e voltavas, e lembro-me de achar que tudo não passava senão de uma enorme taça de gelatina de cores com ar la dentro:
um dia uma colher fez-nos um enorme favor e matou-nos.
I would break down at your feet
And beg forgiveness
Plead with you
But I know that
It’s too late
And now there’s nothing
I can do
So I try to laugh about it
Cover it all up with lies
I try toLaugh about it
Hiding the tears in my eyes
’cause boys don’t cry
Choras tu agora por uma miúda vulgar que fez as malas de ti para outro.
Rio-me do peso que a ironia carrega nos homens e passeio-me num jardim de lótus japoneses temendo por ti:
acredito piamente que sofres.
I would tell you
That I loved you
If I thought that you would stay
But I know that it’s no use
That you’ve already
Gone away
Misjudged your limits
Pushed you too far
Took you for granted ...
I thought that you needed me more
Now I would do most anything
To get you back by my side
But I justKeep on laughing
Hiding the tears in my eyes
’cause boys don’t cry
Boys don’t cry
Lembro-me de um dia achar que se chorasse mais a minha pálpebra esquerda acabaria por rebentar e já me reconhecia numa qualquer ambulância a caminho do hospital:
lembro-me do riso adulto de alguém que me chamou ridícula e me convidou para ir às compras.
Lembro-me de ter aceite.
Lembro de descobrir que o tempo é um aliado brilhante nas questões do amor: traz-nos a pessoa certa para passarmos o resto da vida, afasta-nos de erros.
And yes boy...men do cry.
Lembro-me do tempo que levava a fazer malas para apanhar Alfas, lembro-me de achar que qualquer hotel na cidade desconhecida ia servir perfeitamente: lembro-me de contar minutos.
Lembro-me de uma noite de santos populares, lembro-me do emplastro, lembro-me de teres passado mal e de pensar que podias morrer ali: lembro-me de sempre ter havido uma Julieta trágica em mim.
I would say I’m sorry
If I thought that it would change your mind
But I know that this time I’ve said too much
Been too unkind I try to laugh about it
Cover it all up with lies
I try andLaugh about it
Hiding the tears in my eyes
’cause boys don’t cry
Lembro-me de ver Amelie Poulin e achar-me parecida com ela, lembro-me da tua pronúncia torta que me fazia rir, lembro-me de achar-te o máximo; de ir ás compras contigo para um jantar feito por nós - a fingir
numa casa que era nossa- a fingir
num amor que talvez tivesse funcionado- a fingir.
Lembro-me de numa noite perceber que não dava mais.
Lembro-me de comer chocolate e chorar, lembro-me de achar que foder era a única solução.
Lembro-me daquilo que se sente na ponta dos dedos quando alguma coisa nos diz ao ouvido que não dá mais.
Lembro-me de saber que ias e voltavas, e lembro-me de achar que tudo não passava senão de uma enorme taça de gelatina de cores com ar la dentro:
um dia uma colher fez-nos um enorme favor e matou-nos.
I would break down at your feet
And beg forgiveness
Plead with you
But I know that
It’s too late
And now there’s nothing
I can do
So I try to laugh about it
Cover it all up with lies
I try toLaugh about it
Hiding the tears in my eyes
’cause boys don’t cry
Choras tu agora por uma miúda vulgar que fez as malas de ti para outro.
Rio-me do peso que a ironia carrega nos homens e passeio-me num jardim de lótus japoneses temendo por ti:
acredito piamente que sofres.
I would tell you
That I loved you
If I thought that you would stay
But I know that it’s no use
That you’ve already
Gone away
Misjudged your limits
Pushed you too far
Took you for granted ...
I thought that you needed me more
Now I would do most anything
To get you back by my side
But I justKeep on laughing
Hiding the tears in my eyes
’cause boys don’t cry
Boys don’t cry
Lembro-me de um dia achar que se chorasse mais a minha pálpebra esquerda acabaria por rebentar e já me reconhecia numa qualquer ambulância a caminho do hospital:
lembro-me do riso adulto de alguém que me chamou ridícula e me convidou para ir às compras.
Lembro-me de ter aceite.
Lembro de descobrir que o tempo é um aliado brilhante nas questões do amor: traz-nos a pessoa certa para passarmos o resto da vida, afasta-nos de erros.
And yes boy...men do cry.
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