segunda-feira, julho 19, 2004
I do keep smiling when I´m thinking of kiling myself
Sinto que há coisas a perseguirem-me, a correr atrás de mim, e só hoje descobri quem.
Os candeeiros da rua. Eles. Esses mesmos. Parecem mortos.Esses, os que parecem estar mortos sem estarem.,
O Paulinho morreu, não foi? Foi mesmo, ou fui só eu que sonhei?
Porquê é que ele ainda faz tanta falta, joana? Sabes?
Esses, quietos e longos: descobri hoje que são eles, esses, os candeeiros, estáticos como goelas cinzentas a darem luz aos que passam,
- e eu sou daquelas que passa, e eles devem ter-me achado graça.
querem enganar-me mas não conseguem.
Não o consegui ver morto, no caixão onde o puseram. Sou uma fraca.
Tenho saudades dele mas não lhe posso dizer porque ele está morto e os mortos estão como os telemoveis sem rede.
Alguém que por favor lhes diga que descobri tudo hoje.De manhã. No comboio. Quando ia para casa.
- não, a mim não me enganam, e já não tenho medo deles.
........
Lavei-me na máquina e pus-me a secar ontem.
Qualquer emergência estou presa a duas molas no estendal.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
porque as pessoas são insubstituíveis, ao contrário do que pensamos por vezes para nos protegermos de um inimigo chamado tempo. que corrói e desgasta. e nos acrescenta coisas, não sem antes nos tirar outras.
já vai sendo tempo de pensares nele com resignação... dói, claro que sim. não vale a pena negar. mas a intensidade dessa dor não se pode manter. for the sake of your mental sanity.
luv,lots of
joana.
Será é que é tudo mesmo assim
Enviar um comentário