uma sala cheia de gente a transpirar-se em cadeiras caladas: como se a relação corpo-cadeira fosse estabelecida sobre o inequívoco
sobre o óbvio.
Foi quando se começou a falar de lírica Camoniana que os meus olhos olharam para o canto da sala grande de espaço, quando os meus olhos olharam a ficcionalidade do
absurdo:
há no canto da sala indicada uma pessoa a tremer de malária, um bebé pequeno a cheirar à malária que o vai matar
- eu um dia vi na cara de um bebé humano a cara da malária, a cara amarela da malária sorridente a dizer-me
olá
olá
como se o pudesse dizer sem receio, sem medo, como se o corpo dele fosse já dela e nada houvesse a ser feito.
1 comentário:
viva! viva! viva!
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