quarta-feira, abril 26, 2006

Deita-te aqui

As horas doem-me nos olhos quando os abro para me ver.
O cansaço tomou-me de ponta, testando-me em limites de exaustão nunca antes propostos: eu estou pronta a morrer de amor por ti, só.

Estou grávida no canto da boca, no contorno dos dedos.
Tenho reproduções nossas em todas as partes do meu corpo, sei vê-las no espelho pela manhã quando me dirijo a ele para dizer-lhe
olá
- olá espelho, olá a mim no espelho



Os teus dedos fazem falta ao meu corpo, e tudo se transforma à minha volta num enorme circuito de chávenas de chá vazias em noites por encher.

A certeza do teu regresso ao fim do dia faz geribérias crescer-me na raiz das unhas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Amo-te Tudo :)

Luis F. Cristóvão disse...

sim senhora!