Há uma vela em cima da mesa e eu sei lembrar-me de ti pelo tamanho amarelo daquilo que se fez lume nela
- eu a por uma lata de cerveja num parapeito, a três milimetros da possibilidade de um chão rijo de pedra lá em baixo
(sabias que eu ..)
Tu na minha frente, estranho e longe
eu na tua frente a querer chegar a ti sem saber se me querias perto
- touch me, can you?
E queria deitar-me onde estás agora, invejo-te na suavidade do chão pela quentura estranha que me foi dado ao corpo no pouco que bebi
(tu agora à minha direita, tu agora a um passo de mim)
- estavas bonito a cozinhar
mas o meu corpo levanta-se e vai. Recusa-se à continuidade da possibilidade da tua existência em mim
- não sei porquê tu, não sei porquê agora, não sei se sentes dentro de ti isto que eu sinto dentro de mim, não sei se sabes, não sei se queres saber
e o meu corpo levanta-se e saí.
É a minha boca que se despede de ti por nós e cola-te um beijo estranho, inexplicado
- fui eu que to dei ou foi a minha boca?
Tens alguma coisa presa nos lábios como eu?
- a kiss
São agora os meus sapatos que saem da porta e pedem-te
-eles suplicam-te
não deixes os teus dois pés cair lá em baixo.
2 comentários:
louca. Genial. E agora loira.
Amo-te muito...fazes parte :)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
pit-pit
Well done girl!!
tens o mail cheio.
Telefona-me :)
Diogo
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