gosto quando me cortas as unhas dos pés à noite e dizes
- amo-te como nunca amei ninguém
a tua boca, os teus dentes, o desenhos dos teus lábios todos juntos fazem tudo parecer tão real como gelado de menta a derreter na boca num dia quente de Verão Moçambicano.
Gosto de lamber-te as costas, gosto de lamber-te do fundo das costas ao início natural da cova do pescoço. Gosto de na mesma tirada de humidade de boca efectivar cada instante de saliva em cola que nos concentre as p-a-r-t-e-s
- porque tu és de mim na mesma pele, na mesma parte
e eu enrolada em ti nua, à maneira de piton amarela que procura a asfixia do seu objecto de sedução, a asfixia do que lhe será alimento
Foi mais tarde quando dormimos que ouvi, por debaixo da cama, os meus sapatos de salto alto pretos a dizerem um ao outro que se sentiam sós.
3 comentários:
Tão claro como a àgua, não é?
Tão evidente como o sol :))
Já li e adorei valerie solanas....TÁZZ LÁ, CHICCA!
gostei tanto, Inês.
tanto...
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