Escrever um textos com poesia a escorrer-me das pontas dos dedos e dor a sair-me em líquido das unhas grandes pretas.
Não sei porquê mas acordei com a sensação que havia um pianista cá em casa que toca Mozart para mim.
Requiem. Tenho medo.
Vou para debaixo da cama e vejo-lhe o as abas do fato preto e os seus dois pés felizes e calçados.
Voltar ao passado e morrer de medo dum futuro estranho que se escreve por cima do que temos: somos todos feitos da mesma coisa e ninguém percebe isso.
Tentei falar contigo ontem numa sessão espirita. Perdoa-me o ridiculo.
- Por favor deixe a sua mensagem depois do sinal.
E piiiiiiiiiiiiiip, a tua voz desaparece dos registos da TMN.
Recaí mas ninguém sabe. Só tu, eu, a TMN e o meu telemovel.
Ia dizer-te que doi, que não aguento muito mais se isto continuar assim, que foi horrível ontem de manhã.
A humilhação é a pior das dores.
Num estado de raiva saio de casa pronta a matar o primeiro que me tente confortar ou me diga que sou bonita e não sei o quanto, e acho que alguém, lá em cima, nas nuvens, lá em cima, no azul, se enganou nos corpos.
Era eu: não tu.
Yours truly ,
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